sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Gestão para a sustentabilidade

O homem,individualmente e em grupo, e por natureza, é impelido a agir para satisfazer suas necessidades e desejos. A ação pode ser realizada naturalmente, seguindo os impulsos do organismo, como nos animais irracionais, ou por decisão racional. Neste último caso, diz-se que se faz a gestão.

A gestão, por sua vez, pressupõe uma ética. Entre as muitas classificações da ética, tem-se que ela pode ser: 1. cooperativa ou competitiva; 2. materialista ou espiritualista; 3. realista. Defendo um ética realista, mas o que isso significa?

A ética realista é baseada em conhecimento e, ao mesmo tempo, reconhece que nunca se pode conhecer tudo. Dai que, ao agir, deve-se compatibilizar princípios, meios e fins, por meio de um método que permite a correção contínua para o alinhamento desse trio.

Segundo a visão realista, conforme a compreendo, trata-se de fazer a gestão da dinâmica do conhecimento. Ora, o conhecimento evolui daquilo que parece ser até o conhecimento daquilo que é, isto é, da realidade em si.

Começa-se a vida imitando. E a boa gestão parte da imitação das melhores práticas acessíveis. O dominio de uma técnica implica imitar o mais fielmente possível o padrão estabelecido para, só então, obter liberdade para se fazer uma imitação criativa.

Com uma filosofia de vida baseada na melhoria contínua, mantém-se a mente alerta para todas as possibilidades, como ocorre com mente de um iniciante. Entretanto, deve-se reconhecer a necessidade de manter uma posição estabilizada antes de dar um novo passo.

Estar no controle, ou fazer a gestão, implica, então: 1. encontrar a oportunidade; 2. desenvolver uma solução completa; 3. ser capaz de manter essa solução para obter resultados cuja qualidade é garantida como condição para a produtividade; 3. evoluir para novos patamares de qualidade e de produtividade.

As melhorias podem ser desde muito pequenas e sistematicamente conseguidas no dia a dia, até grandes melhorias, que exigem ruptura com a situação existente, como nos casos de inovações radicais.

A inovação, em seu sentido radical, por sua vez, pode ser uma imposição do ambiente ou uma decisão, uma descoberta ocasional feliz, ou o fruto de um investimento sistemático de parte dos recursos disponíveis para se realizarem visões de futuro intencionalmente.

Pode-se ilustrar o que foi dito refletindo sobre a História. Inicialmente, por pressão da sobrevivência, foram feitas muitas descobertas ocasionais, principalmente por inspiração na vida animal. Algumas descobertas excepcionais, com a da pólvora e a da bússula, mudaram o destino da Humanidade. Entretanto, somente com o advento da empreendimento científíco, baseado em um método, é que houve o avanço técnico sistemático.

A gestão foi posta em ação em muitos níveis. Sua aplicação com foco total deu-se quando Frederick Taylor propôs e aplicou o método científico na fábrica. Com Henry Ford, que usou Taylor como consultor, seu potencial foi realizado na Ford Motors, apesar de todas as restrições de conhecimento sobre a condição humana no trabalho.

A Toyota Motors ampliou e ajustou o uso da gestão, agora com esforços sistemáticos de inclusão do homem integral ao sitema produtivo.

Atualmente, busca-se uma gestão que se atualiza com a necessidade de preservação do Planeta para as gerações futuras, visando à sustentabilidade das condiões de vida. E isso pressupõe assumir uma ética da responsabilidade pela vida de boa qualidade.

A gestão com foco em inovação esteve no cerne da Revolução Industrial no sistema capitalista. O cumunismo marxista pressuponha capacidade de gestão. Ambos dependiam da gestão da formação do homem na escola, preparando-o para uma vida produtiva.

A gestão imnpõe-se como um necessidade para o desenvolvimento humano integral. Ela depende da ética, de método e de ferramentas de apoio ao pensamento para se estabelcerem planos de ação. Estes, por sua vez, precisam ser experimentados.

Os sitemas de ação devem ser adotados e melhorados conscientemente. As condições inerentes à saúde mental e à saúde ambiental devem ser respeitadas.

Enfim, a gestão é o caminho para a ampliação do conhecimento produtivo, visando à sustentabilidade: do ser humano, do meio ambiente e do Planeta. Mas, não se deve esquecer de que toda ação consciente é como a ponta do iceberg. O conhecimento perfeito não é para este mundo.

Em síntese, o desenvolvimento sustentável depende da boa gestão. Esta, por sua vez, pressupõe, entre outros aspectos, os seguintes:

1. Aprender sempre com os melhores padrões disponíveis, principalmente históricos;
2. Ser capaz de atingir a excelência nas técncias conhecidas;
3. Aceitar que tudo pode melhorar o tempo todo, mas num sistema em que as melhorias sejam captadas e incorporadas à rotina do dia a dia;
4. Estar sempre atento á necessidade ou possibilidade de romper com a situação existente para se atingirem patamares nunca vistos de desempenho;
5. Usar tudo isso em benefício da melhoria da saúde mental, em que as pessoas possam realizar os seus potenciais de contribuição para que a vida seja vivida com alegria.

Nenhum comentário: